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O presidente dos EUA, Donald Trump, prometeu atingir a União Europeia com tarifas e disse que seu governo está discutindo a imposição de uma taxa de 10% sobre os produtos importados da China em 1º de fevereiro, porque a droga fentanil está sendo enviado da China para o México e o Canadá.
Falando a repórteres na Casa Branca nesta terça-feira (21), Trump disse que já havia imposto grandes tarifas sobre a China durante seu primeiro mandato. Ele afirmou que a União Europeia e outros países também têm desequilíbrios comerciais preocupantes com os Estados Unidos.
“A União Europeia é muito, muito ruim para nós”, disse ele, repetindo comentários feitos na segunda-feira. “Portanto, eles terão de pagar tarifas. É a única maneira… de se obter justiça.”
Na segunda (20), Trump, afirmou que deve impor tarifas de 25% sobre produtos importados de México e Canadá a partir da mesma data, 1º de fevereiro.
Trump fez a declaração ao assinar uma série de ordens executivas no primeiro dia no cargo.
O republicano afirmou na ocasião que não estabeleceria uma data para possíveis tarifas sobre importações chinesas, já que o tema está sujeito a mais discussões. Trump também ameaçou a Europa com tarifas caso o bloco não compre mais petróleo americano.
“Eles não aceitam nossos carros, não aceitam nossos produtos agrícolas, não aceitam quase nada,” disse. “E ainda assim, nós aceitamos os carros deles e aceitamos os produtos agrícolas deles, aceitamos muito deles. Então, vamos resolver isso com tarifas ou eles terão que comprar nosso petróleo.”
Durante a campanha, Trump prometeu impor tarifas de 10% sobre as importações globais —60% sobre produtos chineses, além de uma sobretaxa de importação de 25% sobre produtos canadenses e mexicanos.
Caso isso se concretize, a política protecionista do republicano poderia prejudicar os fluxos comerciais, aumentar os custos de produção e provocar retaliação dos demais países, sobretudo da China.
Trump também sugeriu nesta segunda a ideia de impor tarifas universais, mas disse que os Estados Unidos ainda não estão prontos para uma medida do tipo.
“Ainda não estamos prontos para isso. Podemos implementar porque, essencialmente, os países se aproveitam dos EUA”, disse.